Numa carta dirigida a toda a comunidade da plataforma, o CEO do Youtube, Neal Mohan, partilhou a sua visão sobre o que está por vir em 2024, bem como aquelas que serão as apostas do YouTube no ano em que completa 19 anos desde o seu lançamento.
No texto que começa com uma retrospectiva do contributo do Youtube na evolução da criatividade e no crescimento da economia dos criadores, Neal Mohan destaca que as apostas para 2024 passam pelas seguintes áreas: democratização da Inteligência Artificial, valorização dos criadores de conteúdo, crescimento das subscrições dos serviços da plataforma e protecção do ecossistema do YouTube e dos seus consumidores face a uma crescente vaga de desinformação.
Democratizar o aceso à Inteligência Artificial
O CEO do Youtube começa por reconhecer o potencial e as questões que o mundo enfrenta com a Inteligência Artificial (IA), sobretudo a generativa, e defende que a IA “deve capacitar a criatividade humana e não substituí-la”, concluindo que todos devem ter acesso a estas ferramentas para ampliar os limites da sua expressão criativa.
De acordo com Neal Mohan, o Youtube pretende este ano reforçar o seu compromisso com a democratização das suas ferramentas de IA, permitindo que elas capacitem a todos e que mais pessoas partilhem vídeos divertidos directamente a partir dos smartphones com o Shorts.
“Estamos a abordar os avanços na IA com a mesma missão no lançamento do YouTube há alguns anos”, destaca o líder, ao mesmo tempo que recorda alguns avanços que a plataforma já implementou nesta temática: IA para Shorts do YouTube e Incubadora de IA para músicas.
“Este ano, iremos continuar a garantir que a IA esteja ao serviço da criatividade através do nosso trabalho com as indústrias criativas, com a implementação de funcionalidades alimentadas por IA ao mesmo tempo que desbloqueamos oportunidades enquanto construímos protecções adequadas“, reforça Neal Mohan.
Valorização dos criadores de conteúdos
Apontados como parceiros estratégicos no crescimento da plataforma, os criadores de conteúdos “estão a redefinir o futuro da indústria do entretenimento com narrativas de alto valor”, aponta o CEO do Youtube, acrescentando que estas narrativas não podem ser classificadas apenas como “conteúdo gerado pelo utilizador”.
Neal admite que os criadores de conteúdo são realmente empreendedores, e que a plataforma está a ajudá-los a diversificar as formas como ganham dinheiro no YouTube. “Estamos a investir em formas com as quais os criadores ganham dinheiro e, ao mesmo tempo, que ajudamos o público a comprar produtos. As audiências estão a apoiar directamente os seus criadores favoritos através de funcionalidades de financiamento de fãs”. O líder do Youtube revela ainda na carta que o número de criadores que dispõem de assinaturas aumentou mais de 50% no ano passado.
O Programa de Parcerias do YouTube (YPP) conta actualmente com cerca de três milhões de canais e trouxe para os criadores possibilidades de monetização no YouTube. Neal revela que “o YPP pagou mais do que qualquer outra plataforma de monetização para criadores”, sendo responsável pelo pagamento de mais de 70 mil milhões de dólares a criadores, artistas e empresas de media nos últimos três anos.
Segundo Neal, a plataforma encontra-se também a trabalhar em programas para apoiar os criadores, como o Creator Collective, que “reúne criadores para a partilha de experiências, construção de comunidades e colaboração”.
O responsável termina este tópico referindo que em 2024 o Youtube vai ajudar os legisladores e parceiros a visualizarem o valor económico e de entretenimento dos criadores da sua plataforma. “Ser um criador é um trabalho a tempo inteiro com uma audiência internacional, mas a maioria dos governos não leva em consideração os criadores na sua informação sobre o mercado de trabalho. Acreditamos que os criadores devem ser reconhecidos pelo seu trabalho e os criadores devem ser reconhecidos nos principais fóruns do setor”.
Novas formas de consumo e Crescimento das subscrições dos serviços da plataforma
Neal aponta para uma presença cada vez maior do Youtube nas salas de estar e para o aumento de subscritores da opção Premium da plataforma. Segundo o CEO, os conteúdos do YouTube são cada vez mais consumidos de uma forma tradicional, no maior ecrã de casa (o da sala), com amigos e familiares. A nível global, os consumidores vizualizaram, em média, mais de mil milhões de horas de conteúdos do YouTube nas televisões todos os dias. Neal cita ainda o relatório da Nielsen sobre streaming nos EUA, onde o YouTube foi o líder em tempo de visualização de streaming nos últimos 11 meses. “Estes números são impressionantes”, conclui.
“Estamos a trazer tudo o que os espectadores adoram no YouTube para a experiência na sala de estar e neste ano vamos continuar a oferecer a melhor experiência ao nível de subscrições e do YouTube na sala de estar”., destaca.
É fundamenta proteger a economia criadora
O CEO do Youtube começa esta última aposta com uma declaração forte naquilo que é a protecção dos conteúdos dos criadores e até dos utilizadores da plataforma. “À medida que trabalhamos em todas estas prioridades, o nosso compromisso número um é proteger com responsabilidade a comunidade do YouTube”. Neal justifica que esta medida faz sentido porque o negócio enquanto serviço de streaming não depende apenas do envolvimento do público, mas da capacidade da plataforma dar aos espectadores e anunciantes a “confiança de que podem contar connosco para oferecer vídeos de alta qualidade”.
Neal afirma também que proteger a economia criadora é fundamental para tudo o que a plataforma faz, assim como a necessidade de se criar uma experiência online saudável para as crianças; da responsabilidade da plataforma em conectar as pessoas com informações de alta qualidade e confiáveis e no controlo do conteúdo com discurso de ódio. “Passámos anos a investir num manual para gerir com responsabilidade o conteúdo no YouTube, incluindo políticas aplicadas rigorosamente e de longa data contra o discurso de ódio, incitação à violência, interferência eleitoral e muito mais. Evoluímos e adaptamo-nos rapidamente quando surgiram novos desafios, e iremos fazer isto de novo à medida que a IA generativa torna possível deepfakes mais sofisticados e levanta novas questões”, reforçou.
A terminar, o CEO do Youtube lembrou que o trabalho da plataforma não termina nas quatro grandes apostas para 2024, e que a mesma continuará focada em criar as melhores experiências possíveis no YouTube, quer os utilizadores estejam a aprender algo novo, a ouvir um podcast ou a assistir a uma live do seu criador de gaming preferido.
Redacção: ola@targeting.ao
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