A nova aplicação, denominada Sora 2, permite que os utilizadores criem vídeos de até dez segundos a partir de instruções de texto (prompts). Os algoritmos que sustentam a plataforma podem recorrer a trechos de obras existentes para compor novos conteúdos, capazes de gerar conteúdos a partir de material protegido por direitos de autor, salvo se os detentores optarem por se excluir da base de dados utilizada.
Conforme a Reuters, a OpenAI estabelece que autores e estúdios que não pretendam que as suas obras sejam utilizadas como fonte para a geração de conteúdos devem manifestar essa decisão, ou seja, o ónus recai sobre quem deseja evitar o uso, e não sobre quem cria. Algumas empresas já recorreram a este mecanismo: a Disney, por exemplo, decidiu excluir as suas produções da base da Sora.
Para mitigar abusos, a aplicação incorpora mecanismos como verificações de liveness (exigindo que o utilizador mova a cabeça e repita sequências numéricas aleatórias) de forma a garantir que a pessoa cuja imagem será utilizada está presente e autoriza a criação. Será igualmente possível visualizar versões preliminares de vídeos que reproduzem a sua semelhança antes da publicação.
Entre especialistas, há quem considere a Sora como uma potencial rival de plataformas tradicionais de vídeo e redes sociais, como o TikTok e o YouTube. A Reuters refere analistas que classificam a aplicação como um movimento estratégico da OpenAI para disputar a atenção dos utilizadores com gigantes já consolidados no mercado de conteúdos digitais.
“Esta aplicação foi criada para ser usada com os amigos. O feedback esmagador dos que já a testaram é que as participações especiais são o que a torna diferente e divertida de usar. É uma forma nova e única de comunicar com as pessoas. Numa altura em que todas as plataformas principais estão a afastar-se dos mapas de relações, acreditamos que as participações especiais irão fortalecer as comunidades”, defende a OpenAI.
Redacção: ola@targeting.ao