A confiança dos consumidores nas marcas está a aumentar e aproxima-se dos níveis tradicionalmente atribuídos aos meios de comunicação, com 47% dos consumidores a confiarem nas informações emitidas directamente por empresas e marcas, face a 39% em 2023 e 31% em 2020, segundo um estudo da Ipsos.
O relatório aponta que a credibilidade das marcas cresce à medida que os consumidores se mostram mais cautelosos com as redes sociais e os conteúdos não verificados. O excesso de informação e a proliferação de notícias falsas têm levado o público a procurar fontes que transmitam segurança e coerência.
As opiniões de outros consumidores continuam, contudo, a ser a referência principal: 64% afirmam confiar nas avaliações e testemunhos de clientes. As redes sociais registam níveis mais baixos de confiança, limitados a 44% dos inquiridos.
Os motores de busca tradicionais e os resultados gerados por inteligência artificial alcançam o mesmo patamar, com 42%. Em 2023, apenas 27% dos consumidores confiavam em resultados produzidos por IA, o que demonstra uma rápida evolução na percepção da tecnologia. A publicidade televisiva mantém-se estável, com 37% de confiança, enquanto os influenciadores digitais surgem no fim da lista, com apenas 22%.
De acordo com a Ipsos, a tendência reflecte um reposicionamento das marcas no ecossistema informativo. A transparência, a consistência e o rigor dos conteúdos corporativos são agora determinantes para o reforço da credibilidade institucional. Num ambiente marcado pela fragmentação mediática, a comunicação empresarial passou a ser um activo estratégico para a construção de confiança junto do consumidor.
Redacção: ola@targeting.ao
