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O Algoritmo mudou. E agora?

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Por Targeting
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O algoritmo mudou. E agora? Esta é a pergunta que inquieta muita gente que trabalha com marketing digital, vendas, conteúdo ou até pequenos negócios que dependem do Instagram, Facebook ou do TikTok para serem vistos. A verdade é que todos já sentimos aquela frustração silenciosa: ontem o conteúdo rendeu, hoje parece que ninguém viu; ontem as interacções fluíam, hoje o alcance sumiu. E isso não acontece porque o teu trabalho perdeu qualidade.

Acontece porque as plataformas mudam constantemente as regras do jogo, sempre com um objectivo claro: manter as pessoas dentro do aplicativo o maior tempo possível. Tudo o que não contribui para isso, o algoritmo corta sem dó.

O que muitos ainda não perceberam é que não controlamos o algoritmo. Nunca controlámos. Mas controlamos a forma como respondemos a ele. E essa resposta passa por aceitar que as redes sociais funcionam como casas alugadas: hoje tens espaço, amanhã mudam as regras e já não tens o mesmo alcance ou visibilidade. Durante muito tempo acreditou-se que seguidores eram uma propriedade, quase um activo. Mas não são. As plataformas podem entregar ou retirar alcance conforme decidem, e aquilo que pensávamos ser uma audiência garantida revela-se, na verdade, emprestada.

É aqui que entra a necessidade de mudar a mentalidade. As pessoas continuam focadas em viralizar, em fazer um conteúdo que “rebente”, achando que isso é sinónimo de estratégia. Só que viralizar não é estratégia é consequência. Estratégia é aquilo que faz a tua marca continuar relevante mesmo quando o algoritmo está contra ti. E essa estratégia mora no tipo de relação que crias com o teu público, no valor que entregas de forma consistente e na experiência que proporcionas. Não é o vídeo que viraliza que paga as contas, é o cliente que confia, volta e recomenda.

Hoje, o que realmente importa não são os likes ou comentários, mas sim métricas que contam a verdade: retenção, tempo de visualização, conversão e consistência. O algoritmo valoriza conteúdos que mantêm as pessoas envolvidas. E, no fundo, as pessoas também. Por isso, já não é sobre produzir mais, mas sim produzir melhor com intenção, clareza e autenticidade. E autenticidade aqui não é aquela versão polida e fabricada de “ser real”, mas sim comunicar de forma humana, simples, directa e com relevância para quem te lê ou te vê.

O mercado angolano também está a viver esta transformação. Há mais criadores, mais marcas, mais concorrência e mais ruído digital. As pessoas estão cansadas de conteúdo vazio, de promessas falsas, de “dicas” repetidas. Querem conteúdo útil, honesto, que faça sentido para a sua vida, para o seu bolso, para a sua realidade. Querem marcas que falam como pessoas e não como máquinas. E querem sentir que não estão apenas a ser empurradas para comprar, mas que estão a aprender, a evoluir e a fazer parte de algo.

Por isso, quando o algoritmo muda e ele muda sempre, o que tens de fazer não é entrar em pânico, mas sim voltar ao essencial: dados, consistência, comunidade e valor real. Quem se apoia apenas na plataforma perde. Quem constrói marca, base de dados, comunidade e propósito ganha. E ganha a longo prazo.

Este artigo de opinião é apenas uma introdução à reflexão que quero provocar. O digital está a mudar, o algoritmo está a mudar, mas o mais importante é como nós, criadores, empreendedores e profissionais, escolhemos mudar também.

Muito em breve estará disponível o meu eBook “ O Algoritmo Mudou. E Agora? ”, onde vou aprofundar este tema com exemplos práticos, linguagem simples, ferramentas úteis e uma leitura feita especialmente para o nosso contexto angolano. Fica atento, vai valer a pena.

Sadraque Mualumene

Gestor de Marketing Banco BNI

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