A Disney reportou resultados mistos no último trimestre, com lucros acima das expectativas, sustentados pelo crescimento do streaming e pelo aumento da despesa dos visitantes nos parques temáticos. No entanto, a receita total recuou face às projecções dos analistas pela primeira vez desde Maio de 2024, penalizada pelo fraco desempenho da televisão tradicional.
A receita consolidada cresceu 2%, para 23,65 mil milhões de dólares, ficando aquém das previsões do mercado. O negócio de entretenimento que inclui redes tradicionais de televisão, serviços de streaming directo ao consumidor e produções cinematográficas, aumentou 1%, para 10,7 mil milhões de dólares.
Dentro deste segmento, o streaming cresceu 6%, para 6,18 mil milhões, com destaque para o Disney+, que somou 1,8 milhões de novos assinantes e alcançou um total próximo dos 128 milhões. O Hulu registou uma alta de 1%, atingindo 55,5 milhões de subscritores.
Apesar deste desempenho, a televisão tradicional manteve tendência de queda, com a receita a recuar 15%, para 2,27 mil milhões de dólares. O lucro operacional das redes lineares incluindo a ABC e canais pagos como o FX, caiu 28%, para 697 milhões de dólares, penalizado pela redução da receita publicitária devido à diminuição da audiência e à queda nos preços dos anúncios.
No segmento de experiências, onde se enquadram os parques temáticos, resorts, cruzeiros e produtos de consumo, a receita aumentou 8%, para 9,09 mil milhões de dólares. Os parques domésticos lideraram este crescimento com alta de 10%, para 6,4 mil milhões, sustentada pelo maior gasto médio por visitante e pela subida na procura por cruzeiros e estadias em resorts.
A empresa reviu em alta a sua previsão para o lucro ajustado de 2025, estimando agora 5,85 dólares por acção no ano fiscal, um aumento de 18% face a 2024. Em Maio, a expectativa era de 5,75 dólares por acção. A Disney antecipa ainda um crescimento modesto no número de assinantes do Disney+ no quarto trimestre fiscal e projeta que as subscrições combinadas de Disney+ e Hulu aumentem mais de 10 milhões no período.
Redacção: ola@targeting.ao