A Nestlé terminou os primeiros seis meses de 2025 com um lucro de 5,065 mil milhões de francos suíços (cerca de 5,4 mil milhões de euros), representando uma queda de 10,3% em relação ao período homólogo. Segundo a empresa, essa redução aconteceu principalmente devido à valorização do franco suíço, de mudanças no seu portefólio de marcas e de resultados mais fracos na China.
As vendas totais da empresa também caíram 1,8%, ficando nos 44,2 mil milhões de francos suíços (47,5 mil milhões de euros). No entanto, a Nestlé conseguiu crescer de forma orgânica, ou seja, sem contar efeitos cambiais ou aquisições, com uma taxa de 2,9%. Esse crescimento veio sobretudo do aumento de preços (2,7%) e, em menor grau, de um crescimento real de 0,2%.
Um dos maiores problemas foi a queda do desempenho na China, que reduziu o crescimento global da empresa em 0,7 pontos percentuais. A marca Wyeth Nutrition e outros produtos premium para bebés venderam menos do que o esperado. Por isso, a Nestlé está a repensar a sua estratégia no país.
A margem operacional, o lucro antes de impostos e outras despesas, ficou nos 16,5%, um pouco abaixo do mesmo período de 2024. Essa ligeira queda deveu-se ao aumento dos custos de produção e ao reforço nos investimentos em marketing, que agora consomem 8,6% das vendas totais da empresa.
Apesar das quedas, a Nestlé não mudou as previsões para o resto do ano. A empresa espera crescer entre 4% e 5% de forma orgânica e atingir uma margem operacional entre 17% e 17,5%. A empresa reafirmou ainda o seu compromisso com a geração de caixa e com uma política de pagamento de dividendos estável para os investidores.
“O nosso crescimento orgânico acelerou e as margens estão a estabilizar. Estamos a investir nas marcas e a acelerar a inovação, garantindo valor tanto para os consumidores como para os acionistas”, afirmou o CEO Mark Schneider.
Redacção: ola@targeting.ao