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Google mantém Chrome e Android após escapar a divisão forçada

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Por Targeting
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Após cinco anos de litígio, a justiça dos Estados Unidos de América decidiu que o Google não será obrigado a alienar o navegador Chrome nem o sistema operativo Android, dois dos seus produtos mais estratégicos. A decisão foi emitida pelo tribunal de Washington D.C., no âmbito do processo aberto em 2020 pelo governo de Donald Trump, que acusava a multinacional de práticas monopolistas.

O Departamento de Justiça pretendia forçar a gigante tecnológica a desfazer-se das plataformas, mas o tribunal considerou que a acusação ultrapassou os limites legais. No entanto, o Google não saiu totalmente ileso. A sentença, detalhada em 230 páginas, proíbe a empresa de firmar acordos de exclusividade na distribuição de seus serviços.

Na prática, o Google continuará autorizado a pagar fabricantes ou parceiros para pré-instalar os seus produtos, como acontece com a Apple e a Mozilla em alguns mercados. Mas, ao mesmo tempo, terá de partilhar parte dos seus dados de mecanismos de busca com concorrentes diretos, como o Bing (Microsoft) ou o DuckDuckGo, bem como com empresas emergentes de inteligência artificial, incluindo a OpenAI e a Perplexity. A medida preocupa a tecnológica, que teme expor informações estratégicas que sustentam a sua posição dominante.

O veredito surge pouco mais de um ano após o mesmo juiz ter reconhecido que a empresa se envolvia em práticas monopolistas no campo das buscas online. Já na União Europeia, a Google também enfrenta sanções, após o Tribunal de Justiça ter considerado que abusou da sua posição no mercado.

Durante o julgamento, alguns actores já sondavam a possibilidade de adquirir activos da companhia, caso a venda fosse imposta. A Perplexity chegou a apresentar uma proposta avaliada em 34,5 mil milhões de dólares para comprar o Chrome, com apoio de investidores internacionais. OpenAI, Yahoo e Apollo Global Management também manifestaram interesse.

Por enquanto, a Alphabet, controladora do Google, mantém o controlo sobre o Chrome e o Android. O desfecho foi bem recebido em Wall Street: as acções da empresa subiram 6,7% após o anúncio da decisão.

Redacção: ola@targeting.ao

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