A estimativa da Meta é que, até ao final de 2026, a inteligência artificial (IA) esteja totalmente integrada na sua estrutura de publicidade digital. A estratégia visa automatizar por completo a criação de campanhas publicitárias e alargar a proposta do Advantage+.
A proposta da tecnológica prevê que os anunciantes possam criar, testar e distribuir campanhas de forma integralmente automatizada, com recurso exclusivo à IA, eliminando, assim, a necessidade de intervenção humana na fase criativa. Em termos práticos, bastará ao utilizador carregar uma imagem do produto ou serviço e definir o orçamento da campanha. A tecnologia encarregar-se-á do restante: desde a produção de imagens, vídeos e textos publicitários a segmentação do público-alvo.
Importa referir que parte desta estratégia já se encontra em curso através do Advantage+, um conjunto de ferramentas que permite, actualmente, gerar variações optimizadas de campanhas com base em modelos pré-existentes. No entanto, o passo seguinte da Meta passa por dispensar qualquer conteúdo fornecido pelo anunciante, permitindo que a IA generativa desenvolva materiais publicitários totalmente de raiz.
Com este movimento, a Meta pretende democratizar ainda mais o acesso à sua plataforma de anúncios, sobretudo para pequenas e médias empresas que enfrentam limitações em termos de recursos humanos e técnicos. Ao reduzir os custos e a complexidade envolvidos na produção de campanhas, a empresa norte-americana espera atrair novos anunciantes e consolidar a sua posição de liderança no mercado da publicidade digital.
De notar que, actualmente, 97% da receita global da Meta provém da publicidade, o que justifica a sua aposta estratégica na inovação deste segmento. Esta decisão ganha ainda mais relevância num contexto de concorrência crescente, em que a empresa enfrenta pressões por parte de outras plataformas digitais, como o TikTok, o Google Ads, e de novos actores que estão a emergir no ecossistema da media programática.
Redacção: ola@targeting.ao