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Meta põe fim ao programa de verificação de factos

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Por Targeting
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A Meta, proprietária das redes sociais Facebook, Threads e Instagram, comunicou que irá descontinuar o seu programa de verificação de factos. A iniciativa será substituída por um sistema de notas colaborativas, criado a partir das contribuições dos próprios utilizadores, em moldes semelhantes ao formato já utilizado na plataforma X, anteriormente conhecida como Twitter.

O anúncio foi feito pelo CEO da empresa, Mark Zuckerberg, na Terça-feira, 7 de Janeiro. De acordo com Zuckerberg, a decisão reflete a percepção de que os verificadores externos de factos tornaram-se excessivamente enviesados politicamente, comprometendo a confiança dos utilizadores em vez de reforçá-la. Esta declaração alinha-se com críticas frequentemente manifestadas por figuras como o proprietário do X, Elon Musk, que apontam os programas de verificação como possíveis instrumentos de censura.

O CEO da Meta também reconheceu que factores políticos influenciaram a mudança, mencionando a vitória de Donald Trump nas últimas eleições presidenciais americanas como um ponto de inflexão cultural que favorece um retorno à liberdade de expressão prioritária.

Além disso, Zuckerberg destacou que as plataformas da Meta, como Facebook e Instagram, irão simplificar as suas directrizes de conteúdo, eliminando restrições consideradas desconectadas do debate público predominante, sobretudo em temas como imigração e questões de género. Com isso, a empresa pretende concentrar os esforços de moderação em conteúdos de maior gravidade, como terrorismo, exploração sexual infantil e tráfico de drogas.

Durante o anúncio, Zuckerberg também criticou práticas de remoção de conteúdo em países da América Latina, alegando a existência de “tribunais secretos” que obrigam as empresas a suprimir publicações de forma discreta. Apesar de não especificar os países envolvidos, a observação parece reflectir casos recentes, como a suspensão do X no Brasil no final de Outubro, devido ao não-cumprimento de ordens judiciais relacionadas a conteúdos considerados ilegais.

Com estas mudanças, a Meta parece seguir uma estratégia alinhada com debates globais sobre moderação de conteúdos, liberdade de expressão e o papel das grandes empresas tecnológicas na definição dos limites do discurso online.

Redacção: ola@targeting.ao

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