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Machine Learning: o “bode expiatório” do Meta

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Por Targeting
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Prazer, este é o verdadeiro bode expiatório do Meta, o cérebro invisível por detrás de tudo o que aparece no teu feed do Facebook e Instagram.

Não há uma equipa de analistas a seguir cada passo teu! O que existe é algo muito mais eficiente e incansável: uma Inteligência Artificial que está sempre activa, a recolher, cruzar, interpretar e prever comportamentos com uma precisão que chega a impressionar.

Sim, há alguém a tomar nota dos teus “segredos digitais”. Este sistema sabe o que gostas, em que clicas, o que partilhas, comentas, lês até ao fim, e até aquilo que deslizas sem pensar muito.

Sabe quem segues, o que procuras, que anúncios ignoras, quais guardas, e quanto tempo ficas em cada tipo de conteúdo. Tem acesso à tua localização aproximada, género, idade, idioma, tipo de dispositivo, e até distingue se costumas interagir mais em silêncio (só a ver) ou de forma mais activa (com comentários, partilhas ou likes).

E não se limita a observar. Aprende e muito bem.

É este motor de Machine Learning que transforma o teu rasto digital num perfil dinâmico que depois alimenta os sistemas de segmentação de anúncios.

Segmentações tão refinadas que, muitas vezes, já nem precisam de ser definidas manualmente. O sistema trata disso sozinho.

Na prática, funciona de duas formas principais:

Segmentações automáticas (como o Advantage+), onde basta indicar o objectivo, os criativos e o orçamento, e a IA decide para quem, quando e onde mostrar o anúncio.

Segmentações detalhadas, em que definimos o público com base em interesses, dados demográficos ou comportamentos, mas o sistema continua a ajustar tudo em tempo real, nos bastidores.

Mas talvez o mais curioso ou inquietante é perceber que este sistema não só entrega anúncios.

Ele prevê intenções, testa criativos, calcula probabilidades, ajusta orçamentos e modela perfis de comportamento com base em dados passados. Tudo de forma automatizada, sem intervenção humana directa.

Por isso, quando se vê um anúncio que parece ter sido feito à medida, provavelmente foi mesmo.

Não é coincidência. É Machine Learning a funcionar no seu melhor.

Uma tecnologia alimentada por milhões de sinais, constantemente a tentar prever quem tem mais probabilidade de comprar, clicar, interagir ou simplesmente parar por uns segundos.

E no meio disto tudo, fica a pergunta:

Estamos a usar a tecnologia, ou estamos a ser usados por ela?

Marcelino Caoio

Gestor de Tráfego Pago e Fundador da Viralize
Gestor de Projectos Digitais na Anda

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