A aposta firme na inteligência artificial (IA) continua a alavancar os resultados das principais tecnológicas globais. No segundo trimestre de 2025, a Microsoft e a Meta registaram lucros acima das expectativas, com o segmento da IA a exercer um papel central no desempenho financeira das duas multinacionais.
A Microsoft fechou o trimestre com um lucro líquido de 27,2 mil milhões dólares, uma subida de 24% face ao período homólogo. As receitas cresceram 18%, impulsionadas sobretudo pela plataforma de cloud Azure, que cresceu 39% e ultrapassou os 75 mil milhões dólares em receitas no ano fiscal. Já o sistema operativo Windows teve uma subida modesta de 3% nas receitas. A empresa voltou a integrar os resultados da linha de hardware Surface, depois de dois anos consecutivos de retracção.
No segmento de jogos, a Microsoft conseguiu aumentar as receitas em 13% graças à distribuição dos seus títulos nas consolas concorrentes, como a PlayStation 5 e a Nintendo Switch. Jogos como Forza Horizon 5 e Indiana Jones and the Great Circle estiveram entre os mais vendidos.
Actualmente, seis dos dez jogos mais comercializados na consola da Sony são da Microsoft. No entanto, as receitas com o hardware da Xbox recuaram 22% no trimestre e 25% no acumulado do ano fiscal. Ainda assim, o segmento de gaming da gigante norte-americana cresceu 10% no total anual.
Já a Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, viu as receitas aumentarem para 47,52 mil milhões dólares, uma subida de 22% em relação ao segundo trimestre de 2024. O lucro líquido aumentou 36%, fixando-se em 18,3 mil milhões dólares. O número de utilizadores activos diários nas plataformas do grupo atingiu os 3,5 mil milhões, impulsionando a valorização das acções em 10% e elevando o valor de mercado da empresa em 175 mil milhões dólares.
Mark Zuckerberg, CEO da Meta, anunciou que a empresa vai intensificar o investimento em centros de dados e contratar mais quadros, com foco numa nova geração de modelos de IA. A prioridade passa por criar um laboratório dedicado ao desenvolvimento de “superinteligência”, capaz de treinar sistemas avançados com recurso a grandes volumes de dados. A Meta acredita que num futuro próximo os óculos de realidade aumentada podem vir a substituir os smartphones como principal dispositivo de computação pessoal.
Redacção: ola@targeting.ao
