A Shein anunciou um investimento de 250 milhões de euros nos próximos cinco anos para promover a economia circular e a inovação na moda. A gigante da moda rápida tem sido frequentemente criticada pela falta de sustentabilidade no processo de desenvolvimento dos seus produtos. Com este investimento, a marca pretende melhorar a sua reputação ao investir na “moda preparada para o futuro”.
Em causa está o seu modelo de negócio, que se baseia no envio de roupas e acessórios baratos de fábricas na China directamente para compradores em todo o mundo. Empresas de moda rápida como a Shein têm sido alvo de campanhas que argumentam que o seu crescimento levou a um volume sem precedentes de moda barata e de baixa qualidade, que acaba em aterros sanitários. Segundo a Fundação Ellen MacArthur, mais da metade de toda a moda rápida é descartada em menos de um ano.
Como parte deste esforço, a Shein, fundada na China, está a lançar um fundo baseado na economia circular com um investimento inicial de 200 milhões de euros. Este fundo visa apoiar startups e empresas na Europa e no Reino Unido que estão a desenvolver tecnologias de reciclagem têxtil, melhorando assim as suas práticas ambientais.
A Shein também revelou planos para incorporar mais artistas e designers do Reino Unido e da Europa no seu programa de incubação, ao qual destinou parte do valor, 50 milhões de euros. Esta iniciativa visa fomentar o talento local e promover a inovação na moda.
“Dada a sua escala e o seu alcance, a Shein pode tornar-se um catalisador para a adopção generalizada dessas soluções em todo o sector”, referiu Donald Tang, Presidente Executivo da Shein.
Redacção: ola@targeting.ao
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