A Delta manteve, pelo sétimo ano consecutivo, o título de marca aérea mais valiosa do mundo. No top 3 seguem-se a United Airlines, a American Airlines, respectivamete — três companhias aéreas dos EUA —, a Emirates em quarto lugar, e a Southwest Airlines fecham o grupo das 5 marcas aéreas mais valiosas. Já a Qatar Airways surge apenas na oitava posição. As conclusões são do relatório Airline 50 2025 da Brand Finance.
Na sua 15.ª edição, este relatório constitui o estudo mais extenso do género, classificando as marcas aéreas mais valiosas e mais fortes a nível global. A pesquisa de 2025 abrange 30 mercados, inclui percepções de mais de 30 mil inquiridos e avalia 124 marcas.
O valor combinado das 50 maiores marcas aéreas cresceu 29% em relação ao ano anterior, atingindo os 132,4 mil milhões de dólares, reflexo da recuperação contínua da aviação global. Com a crescente procura por viagens de lazer de longa distância e por serviços premium, as companhias aéreas de serviço completo (FSCs) estão a superar as operadoras de baixo custo em termos de crescimento e quota de mercado.
O top 5 global é liderado pela Delta. Segundo a Brand Finance, o valor da marca Delta aumentou 38%, atingindo 14,9 mil milhões de dólares, impulsionado pelo sólido desempenho financeiro, crescimento das receitas provenientes de programas de fidelização e investimento contínuo na experiência do cliente e em sustentabilidade.
Seguida pela United Airlines, que registou um aumento de 41% (para 12,3 mil milhões de dólares), ultrapassando a American Airlines, agora em terceiro lugar. A ascensão da United foi impulsionada por fortes investimentos na modernização da frota e na expansão de rotas de longo curso. Uma posição financeira sólida, aliada à recompra de acções e à melhoria da percepção dos consumidores, reforçou ainda mais o valor da marca. A companhia também conseguiu captar clientes de operadoras low-cost para os seus serviços de classe económica e premium.
Em terceiro lugar, a American Airlines (com uma subida de 14%, para 11,7 mil milhões de dólares) perdeu uma posição. Apesar da forte presença doméstica, estratégias de preços menos eficazes afastaram parte do segmento corporativo, resultando numa quebra de receitas no curto prazo. Contudo, em 2024, a companhia iniciou a recuperação com iniciativas voltadas para a reconquista do mercado empresarial, o que contribuiu para uma recuperação parcial do valor da marca. A melhoria no Índice de Força da Marca (BSI) também impulsionou o crescimento.
Na quarta posição surge a Emirates, que viu o valor da sua marca aumentar 27%, atingindo 8,4 mil milhões de dólares. A transportadora, com sede no Dubai, mantém o estatuto de marca aérea mais valiosa fora dos EUA, reforçando a sua imagem de luxo com serviços de bordo premiados, expansão global da rede de rotas e campanhas de patrocínio de elevado impacto. O reconhecimento contínuo como melhor companhia aérea do Médio Oriente fortalece a sua posição no cenário internacional.
A fechar o top 5 está a Southwest Airlines, com um crescimento de 18% (para 6,3 mil milhões de dólares). A transportadora mantém o foco na acessibilidade, fiabilidade operacional e políticas centradas no cliente. O forte desempenho no mercado doméstico dos EUA, aliado a uma elevada pontuação no BSI, sustentada por percepções positivas dos consumidores, revela uma fidelização sólida por parte do público norte-americano.
Embora fora do top 5, a Qatar Airways ocupa a oitava posição, com uma valorização de 23%, totalizando 3,9 mil milhões de dólares. A companhia aérea continua a afirmar-se como uma das principais referências do sector de luxo, apoiada numa frota moderna, serviço premiado e expansão estratégica da rede. O legado da organização do Mundial de Futebol FIFA 2022 continua a impulsionar o turismo de entrada no país, o que reforça a atractividade global da marca.
Redacção: ola@targeting.ao
