A Diageo registou um desempenho acima do esperado no ano fiscal encerrado em Junho, ao apresentar um crescimento orgânico das vendas que superou as previsões dos analistas, impulsionando as acções da empresa em cerca de 5% na bolsa de Londres.
As vendas líquidas da multinacional britânica atingiram os 20,25 mil milhões de dólares, uma ligeira queda de 0,1% em termos reportados, mas com um crescimento de 1,7% em base orgânica, superando a estimativa média de 20,2 mil milhões e um crescimento orgânico de 1,4% previsto pelos analistas.
O lucro por acção fixou-se em 164,2 cêntimos, acima dos 161,6 cêntimos estimados. Já o lucro antes de impostos caiu para 3,54 mil milhões de dólares, face aos 5,46 mil milhões registados no período homólogo. O resultado operacional (EBIT) recuou 0,7%, desempenho ainda assim mais favorável do que a queda de 1,2% esperada pelo mercado.
Segundo analistas, espera-se uma reacção positiva do mercado, numa altura em que a empresa reforça o foco nos factores que pode controlar. Especialistas acreditam ainda que, com sinais de recuperação no horizonte, a Diageo poderá beneficiar de um efeito de alavancagem, traduzido em melhoria dos resultados operacionais, aumento do fluxo de caixa livre e melhores retornos, permitindo uma valorização das acções para múltiplos superiores a 20 vezes o lucro por acção.
Para o exercício de 2026, a empresa projecta um crescimento orgânico das vendas em linha com o ritmo actual, apesar de admitir que o ambiente operacional continuará a apresentar desafios. A Diageo antecipa ainda uma subida do lucro operacional orgânico a um ritmo de um dígito médio, acima do consenso de 2,6%.
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