A anglo‑britânica BP anunciou um lucro ajustado no terceiro trimestre de 2,21 mil milhões de dólares, superando as estimativas médias dos analistas, que apontavam para cerca de 1,98 mil milhões de dólares.
A evolução positiva decorre de uma subida da produção de petróleo e gás e de melhorias operacionais, que compensaram o impacto de preços mais baixos dos hidrocarbonetos, avançou a Bloomberg.
O resultado revela que a BP, sob a liderança de Murray Auchincloss, está a ganhar tração no seu plano de renovação, baseado em redução de custos, venda de activos não estratégicos e foco reforçado na produção upstream.
Em detalhe, a divisão de refinação da BP registou resultados recordes, com uma margem significativamente superior à do ano anterior e uma taxa de disponibilidade operacional próxima dos 97 %, apontando para o melhor trimestre em 20 anos nesse segmento.
No entanto, apesar dos números positivos, permanece a interrogação sobre os prazos para a concretização da venda da unidade de lubrificantes Castrol, peça‑chave no plano de desinvestimento da empresa, que visa levantar cerca de 20 mil milhões de dólares até 2027.
A BP, que está a reorientar estrategicamente o seu portefólio para maximizar o fluxo de caixa e reforçar a confiança dos investidores, desde a queda dos preços do Brent até ao aumento do investimento nos sectores upstream e na refinação, reiterou o programa de recompra de acções no valor de 750 milhões de dólares para o trimestre e mantém o objectivo de reduzir a dívida líquida para entre US$ 14 mil milhões e US$ 18 mil milhões até final de 2027.
Redacção: ola@targeting.ao
