A Azule Energy e a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) inauguraram a Estação de Tratamento de Gás, dando origem ao Novo Consórcio de Gás (NGC), localizada no Soyo, província do Zaire. Segundo dados oficiais, a infra-estrutura representa o primeiro projecto de gás não associado desenvolvido em Angola, sendo por isso encarado como um marco na estratégia energética do país.
Segundo informação confirmada pelas entidades envolvidas, a unidade possui capacidade para processar 400 milhões de pés cúbicos padrão de gás por dia (MMscfd) e cerca de 20 mil barris de condensados, assegurando o fornecimento contínuo à fábrica Angola LNG. Importa referir que o gás tratado na planta tem origem nas plataformas Quiluma e Maboqueiro, situadas em águas rasas a cerca de 40 quilómetros da costa.
Conforme apurado no local, o NGC integra uma arquitectura técnica composta por duas plataformas fixas — Quiluma, construída no Ambriz, e Maboqueiro, fabricada em Lerici, Itália — bem como uma planta onshore equipada com sistemas de separação de líquidos, desidratação, estabilização e exportação de condensados. A rede de escoamento inclui 120 quilómetros de gasodutos, cabos umbilicais e um micro-túnel submarino de 1,2 quilómetro, garantindo ligação segura entre o offshore e o onshore.
De acordo com os dados fornecidos pela operadora, trata-se de um projecto greenfield concebido para potenciar a exploração sustentável do gás nacional, contribuindo, assim, para a transição energética e para a redução da intensidade carbónica do sector. Importa destacar que a Azule Energy, joint venture entre a BP e a Eni, lidera o consórcio, que conta igualmente com a participação da Sonangol, TotalEnergies e CABGOG, sob supervisão da ANPG.
Recorde-se que o gás não associado, matéria-prima central do projecto, é um recurso que ocorre de forma independente da produção de petróleo. É utilizado na geração eléctrica, na produção de GNL para exportação, no abastecimento industrial e na indústria petroquímica, incluindo fertilizantes, pelo que apurou-se que a entrada em operação do NGC poderá reforçar a segurança energética do país e ampliar a sua capacidade de diversificação económica.
Redacção: ola@targeting.ao





