O mais recente relatório mundial da Digimind, parte da Onclusive, sobre a indústria do vestuário desportivo, revela que a Nike, Adidas e New Balance ocupam os três primeiros lugares em termos de menções nas redes sociais. O relatório também evidenciou um claro desequilíbrio entre as menções nas redes sociais e nos meios de comunicação tradicionais.
A Nike, a primeira colocada, lidera com 16 milhões de menções nas redes sociais, um número significativamente superior ao obtido nos meios convencionais, onde soma apenas 813 mil menções. Logo em seguida, a Adidas aparece com 12 milhões de menções nas redes sociais, enquanto nos meios convencionais totaliza 577 mil.
Assim como a Nike, a Adidas beneficia do alcance e do impacto das redes sociais, que se revelam mais eficazes em envolver os consumidores do que os meios tradicionais. A New Balance, que ocupa o terceiro lugar no ranking, apresenta 2,1 milhões de menções nas redes sociais e 208 mil nos meios convencionais. Apesar de estar longe das líderes, a marca consegue manter uma presença sólida no ambiente digital.
Outras marcas como Lululemon (1,8 milhões), Lacoste (1,7 milhões), Asics (817 mil), Decathlon (626 mil) e Fila (110 mil) também demonstram um desempenho considerável nas redes sociais, onde os números de menções são sempre superiores aos dos meios convencionais.
Os temas que predominam nas redes sociais e nos meios de comunicação tradicionais revelam dois universos distintos. Nas redes sociais, os consumidores concentram-se sobretudo nos produtos, com uma particularidade no calçado desportivo, enquanto os meios de comunicação tradicionais privilegiam questões financeiras, lançamentos e as mais recentes novidades das marcas.
Este foco mais comercial nas redes sociais revela uma nuance interessante: os utilizadores preocupam-se menos com o preço ou a qualidade dos produtos e mais com a sua funcionalidade. Mais de 40% das conversas nas redes giram em torno de questões sobre a adequação do calçado para correr, ir ao ginásio ou praticar desporto em geral. Surpreendentemente, o preço é mencionado em apenas 0,76% das discussões, um número consideravelmente baixo para um tema que, em outras indústrias, costuma ser central.
Redacção: ola@targeting.ao
