A mais recente campanha da Swatch para promover os novos modelos da linha Swatch Essentials desencadeou forte polémica na Ásia, depois de uma das imagens publicitárias exibir um modelo a puxar a pele em torno dos olhos para a alisar. O gesto foi interpretado como discriminatório, levando a acusações de racismo que rapidamente se propagaram nas redes sociais.
A indignação foi particularmente expressiva na China, onde consumidores criticaram a marca suíça e apelaram mesmo ao boicote. Em resposta, a Swatch pediu desculpa em inglês e em chinês e suspendeu a utilização da imagem a nível global. “Tomámos nota das recentes preocupações em torno de um modelo nas imagens promocionais da coleção Swatch Essentials. Como tratamos destes assuntos com a maior importância, removemo-la automaticamente em todo o mundo”, declarou a empresa em comunicado.
Apesar do pedido de desculpas e da remoção imediata da campanha, as críticas mantêm-se, sobretudo entre os consumidores asiáticos, que acusam a relojoeira de agir apenas para conter a contestação pública. “As pessoas são, muitas vezes, demasiado sensíveis, mas, neste caso, o que estão a fazer é discriminar-nos descaradamente”, lê-se nas redes sociais.
O impacto da controvérsia estendeu-se também aos mercados financeiros. A 18 de agosto, as ações da Swatch Group — que detém igualmente marcas como Breguet, Blancpain, Omega, Longines, Rado, Tissot, Certina, Jaquet Droz e Flik Flak — chegaram a registar uma queda de 4% na SIX Swiss Exchange, bolsa suíça de valores. A perda acabou por estabilizar nos 3,1%, segundo noticiou a Reuters.
Redacção: ola@targeting.ao
